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Sobreviver ou Viver?

 

imigrar para Portugal

Sobreviver ou Viver? 

O Perigo de Viver de Aparências na Imigração

Este conteúdo é meramente informativo e visa orientar os nossos irmãos imigrantes com base em experiências reais de integração.

A Jornada do Imigrante Começa (quase sempre) pela Sobrevivência

Quando um imigrante chega a um novo país, como Portugal, França, Alemanha ou outro qualquer, a primeira etapa é quase sempre a sobrevivência.

Sobreviver significa:

  • Dormir num quarto partilhado ou em condições apertadas
  • Trabalhar de sol a sol sem contrato
  • Comer o essencial e enviar parte do pouco que ganha para a família
  • Lutar com documentos, filas, burocracias, e o medo constante de ser ignorado pelo sistema

É duro, mas é real. E muitos passaram por isso.

Mas o objetivo deve ser: sair da sobrevivência e começar a viver

Viver, para o imigrante, é quando já há um pouco de estabilidade. É quando:

  • Tens um contrato e já podes respirar com menos medo
  • Consegues pagar o teu próprio quarto ou casa
  • Já podes estudar, planear um futuro, pensar em legalizar
  • E sobretudo, já não vives apenas “para resistir” — começas a sonhar

O grande problema: quem sobrevive quer parecer que já está a viver

Em muitos casos, irmãos que ainda estão na fase da sobrevivência começam a imitar os que já alcançaram a estabilidade, e isso traz consequências graves:

  • Gastam o pouco que têm com roupa de marca, carros alugados, telemóveis caros
  • Vivem de aparência, e não de verdade
  • Escondem a dor por detrás de sorrisos nas redes sociais
  • Começam a competir com outros imigrantes — esquecendo que cada caminho é diferente

Conselho do coração para quem está nessa fase:

Nunca tenhas vergonha da tua fase de sobrevivência.
Ela faz parte do processo. E se fores honesto contigo mesmo, vais crescer com mais força e verdade.

Não deixes que a pressão das redes sociais, da comunidade ou das comparações te façam cair no erro de viver uma vida que ainda não tens.

Se estás a dormir num colchão no chão, a trabalhar como ajudante de cozinha, ou a andar a pé porque não tens passe — isso é coragem, não é fracasso.

O verdadeiro fracasso é viver de mentira para agradar quem não paga as tuas contas.

Como passar da sobrevivência para uma vida digna?

  1. Foca-te nos documentos – legalizar-se é a base da liberdade
  2. Aceita trabalhos honestos, mesmo que duros no início
  3. Vive com simplicidade – quanto menos gastares, mais consegues poupar e evoluir
  4. Evita dívidas para “parecer bem”
  5. Caminha com quem te inspira a melhorar, não a competir

Testemunhas real de uns conhecidos:

"Durante vários anos tive uma vida discreta vivia nos quartos subalugados nos bairros de Lisboa. Trabalhava 10, 12 e até  14 horas por dia. Tinha 3 calças, 2 pares de tênis  e 5 camisas mas continuei focado no meu objetivo não foi fácil mas valeu a pena.. Hoje tenho estabilidade financeira e tenho a minha casa própria." - Anônimo, de Guiné-Bissau 

"Durante um ano dormi num sofá emprestado em Setúbal. Trabalhava na lavandaria 14 horas por dia. Via outros a ostentar, mas segui firme. Hoje tenho contrato, carta de condução e estudo à noite. Não foi fácil, mas foi real." - Isidro Dos santos, Angolano

"Durante vários anos, levei uma vida discreta, longe dos holofotes e das aparências. Vivia em quartos subarrendados nos bairros humildes de Lisboa. Espaços pequenos, mas cheios de esperança. Mas mantive o foco. Não me deixei iludir por comparações. Não gastei o pouco que tinha para "parecer" bem guardei tudo para ser melhor amanhã. Foi uma caminhada longa, solitária e muitas vezes invisível. Mas valeu a pena.

Hoje tenho estabilidade financeira. Hoje vivo com dignidade. Hoje não preciso provar nada a ninguém. Se há algo que aprendi, é que o verdadeiro sucesso não faz barulho  ele nasce no silêncio da disciplina, da paciência e da verdade.”- Anónimo

(mas poderia ser eu, tu ou qualquer irmão que nunca desistiu de lutar)

Última palavra do ImigranteGW:

Ser imigrante não é vergonha. É coragem.
Mas viver de aparência é caminhar para o abismo disfarçado de sucesso.

Que cada irmão e irmã da nossa comunidade tenha orgulho das suas cicatrizes.
São elas que mostram que estamos vivos, e não apenas a sobreviver.

 Artigo publicado por Imigrantegw.com – A voz de quem constrói o futuro longe de casa.

 

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